vamos abordar um tema bastante complexo porém de forma resumida pois cada plataforma tem sua característica e se for falar de estrutura e função detalhadamente iriamos precisar formar um curso de especialização de 360h rs.
Bem, eu particularmente achava que plataformas de petróleo eram todas iguais quando via notícias na tv e outras assuntos pertinentes, só depois que entrei nas específicas da minha graduação que esse pensamento foi ''otimizado''.
TIPOS DE PLATAFORMAS OFFSHORE OU UEP (Unidade Estacionária de Produção quando usada para produção)
Breve Histórico:
A indústria offshore de extração de petróleo teve início no final do século XIX na costa da Califórnia com estruturas rústicas de madeira e lâminas d'água em torno de cinco metros.
Califórnia 1900 - Torres de madeira para Perfuração Offshore |
Década de 40:
Início da produção offshore, na Louisiana, EUA.
– 4,2 metros de profundidade, à 1,5 km da costa
– Plataformas fixas
1954: Primeira plataforma auto-elevatórias (Jackup) – The Offshore Company, Offshore Rig 51.
– Nessa época já se alcançava profundidades de 30m.
1954: Início da exploracão offshore no Brasil.
Esquerda: Jack-up (Plataforma Auto Elevatório ) |
1961: 1° Plataforma semi-submersível (Blue Water I - Shell)
1972: Profundidades próximas dos 60m
1975: Profundidade de 300m com plataformas fixas.
1983: Primeira TLP.
1984: Produção offshore ultrapassa 14 MMb/d (26% da produção de óleo mundial)
1985: Crise Mundial do Petróleo (US$ 10,00 por barril)
1988: Perfuração atinge 2.280m.
1988: Plataforma fixa instalada a 410 metros de profundidade.
1991: Brasil atinge a marca de exploração a 720 m de profundidade.
1996: Instalada a primeira plataforma do tipo SPAR.
1999: Brasil produz óleo e gás em profundidades de 1.800m.
2004: Produção no GM à 2.300m de profundidade.
Tipos de Plataformas:
Plataformas Offshore |
Resumo em organograma dos tipos de plataformas.
Fonte: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo o Paulo - Departamento de Estruturas e Fun Estruturas e Fundações PEF 2506 PEF 2506 – Projeto de Estruturas Mar struturas Marítmas |
Plataformas Fixas - Característica
São estruturas fixas no fundo mar por gravidade (apoiadas) e fixas ( Ancoradas), tendo como material de construção o aço e o concreto ( Vide Troll A) e edificadas em LDA ou LA ( Lâminas d'águas) rasas
PS: As plataformas classificadas a cima como torres complacentes, também são plataformas fixas.
Plataformas Fixas - Troll A ( Base de Concreto), Jaquetas e Complacentes. |
Plataformas Fixas - Jaqueta
Primeiro tipo de plataforma offshore instalada.
•Estaqueadas no fundo do mar.•Solução ideal águas rasas/médias
•Casos até de 412 m de profundidade.
•Estrutura principal tridimensional
–Pernas servem de guias para as estacas
•Operação
–Isolada (com oleodutos)
Esforços Principais:
• Correntes, Ondas, Peso Próprio, Vento, Perfuração do Solo e Prospecção de Petróleo
Plataformas Fixas - Jaquetas: Empresas donas e suas respectivas profundidades. |
Fonte: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo o Paulo - Departamento de Estruturas e Fun Estruturas e Fundações PEF 2506 PEF 2506 – Projeto de Estruturas Mar struturas Marítmas |
Plataformas Fixas - Gravidade
Principais Características:
• Apóiam-se no fundo do mar por gravidade.
• São fabricadas de concreto (mais comuns) e/ou aço.
Finalidades:
• Produção de petróleo, até 400 metros. Podem
operar sozinhas (mandando o óleo diretamente para
a terra através de tubulação) ou com navio acoplado
à plataforma (idem “Jaqueta”).
Esforços:
• Idem “Jaqueta”.
Plataforma Fixa - Gravidade |
Curiosidade: Plataforma Fixa de Gravidade ''TROLL –A''
•Vida Útil de 70 anos -Operação até 2066;
•245 mil m³ de Concreto e 100 Mil toneladas de Aço;
•Custo aproximado de US$ 750 Milhões (Construção);
•Espessura das pernas = 1m;
•2000 operários, 24h por dia durante 4 anos.
Troll A |
Plataformas Fixas - Auto-Elevatórias (Jack-up)
•Unidades móveis:
–Pernas se elevam para navegação
–Pernas apoiam-se no fundo para operação
•Pernas
–Cilindros
–Treliçadas: “transparentes”
•Águas rasas (entre 10 e 110m)
•Solução barata e de grande flexibilidade (móvel).
•Aplicada para:
–Perfuração
–Exploração em campos de reservas pequenas.
Plataforma Auto Elevatória - Jack up |
Em 1968, no Campo de Guaricema, em Sergipe, a 80 metros de profundidade, a Petrobras fez sua primeira descoberta de petróleo no mar. Na época, a companhia utilizou as primeiras tecnologias voltadas para campos marítimos, com o apoio da plataforma P-1.
A P-1 foi a primeira plataforma de perfuração de petróleo construída no Brasil.
Plataforma Fixa - Auto Elevatóra com pernas cilíndricas |
Plataforma autoelevável P-59 sendo levada para a área de seu primeiro poço, na costa do Espírito Santo. |
P-4, P-5 e P-6 operam no Nordeste
Plataformas Fixas - Torres Complacentes
•Frequência natural baixa;
•Comportamento distinto para cada configuração;
•4 configurações;
•Apenas 5 plataformas em operação;
•Semelhante a jaqueta;
•Conexão com leito marinho deve ser flexível;
• São torres fixas ao fundo em uma base, com junta universal.
• São mais leves que as estruturas fixas
equivalentes, podendo operar em maiores
profundidades, pois os esforços gerados pelo
mar são diminuídos pela articulação. Podem
chegar a uma profundidade de operação de 400
metros.
Finalidade:
• Produção
Tipos:
• serviço: onde ficam os operadores de campo.
• processo: onde o óleo extraído é processado (na própria
torre ou navio acoplado).
• carregamento: por onde sobe a tubulação para
carregamento de um navio.
Transporte:
• São rebocadas até o local, flutuando.
Fixação:
• Lastreamento e fixação da junta (mergulhadores em módulo de serviço)
Torre Ancorada
Torre Articulada
Torre Flexível
Torre Complacente
Retirei alguns termos técnicos e poupei de especificar muitas coisas conforme falei na introdução.
Não deixem de ver outros os tipos flutuantes e consideradas mistas.
Paz e Bem a todos !
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