terça-feira, 21 de julho de 2015

ESTALEIROS NO BRASIL

Olá pessoas, vamos desviar um pouco, pouquíssimo mesmo do foco e falar dos estaleiros que temos distribuídos nos confins do Brasil, do Norte ao Sul, do Oiapoque ao Chuí.

Setor Naval cresceu 19,5% ao ano de 2004 à 2014
–Retomada de antigos estaleiros
–Surgimento de novos estaleiros
–Surgimento de canteiros

*Cabotagem: 
- Navegação que se faz na costa, ou entre cabos (águas marítimas limitadas), com a terra à vista.
- Navegação entre portos de um mesmo país ou a distâncias pequenas, dentro das águas costeiras.

INDÚSTRIA NAVAL BRASILEIRA

O que caracteriza o polo naval é a existência de estaleiros e uma estrutura de serviços e fornecedores operando de forma continua 

  • Polos Navais do Pará e Amazonas
  • Polo Naval de Pernambuco
  • Polo Naval da Bahia 
  • Polo Naval do Espírito Santo
  • Polo Naval do Rio de Janeiro
  • Polo Naval de Santa Catarina
  • Polo Naval do Rio Grande do Sul

ESQUEMA DE DISTRIBUIÇÃO DOS ESTALEIROS PELO BRASIL E SUAS RESPECTIVAS EMPRESAS:
Localidade dos Estaleiros




9 SEGMENTOS DA CONSTRUÇÃO NAVAL

  • Plataformas de Produção offshore
  • Sondas de Perfuração
  • Navios de Apoio Marítimo
  • Petroleiros, Navios de Produtos e Gaseiros
  • Porta Contêineres
  • Graneleiros
  • Barcaças e Empurradores
  • Rebocadores Portuários
  • Embarcações Militares
Alguns exemplos de segmento em carteira dos principais estaleiros:



*Carteira: Serie uma espécie de recebimento de pedidos de construção.



PROREFAM - Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo

- O Prorefam foi lançado em 2008 para contratar 146 navios de apoio marítimo com exigência de constgrução em estaleiros locais. A Petrobras informa que 121 navios já foram contratados, 34 em opração e 87 em construção.

- 15 em construção no Estaleiro Atlântico Sul (7 Suesmax e 8 Aframax)
- 8 Em construção no Estaleiro EISA PETRO UM (Atualmente declarado falido devido a crise e má gestão dos políticos): 4navios de produtos e 4 Panamax

- 8 navios gaseiros em construção no Vard Promar.

Plataformas de Petróleo:
O segmento de construção de plataformas de produção apresenta 15 plataformas de produção em diferentes estágios de construção em estaleiros brasileiros.

INCERTEZAS FUTURAS:

A demanda futura de plataformas de petróleo pela petrobras é incerta. O anúncio de demanda para mais de 72 plataformas de produção, até 2030, dependerá do novo plano de negócio no ambiente de maior dificuldade de financiamentos internacional.

Petrobras informa nova licitação internaciona para FPSO para o campo de Libra. - O Convés <-- Clique e veja a notícia.










-Alguns dos principais estaleiros-


































Estaleiro Atlântico Sul (EAS)



•2005 (grupos Camargo Corrêa, Queiroz Galvão)
•2007 início da construção
•2008 início da operação
•Maior estaleiro do Brasil

Estaleiro Atlântico Sul


Capacidades:
160 mil ton de aço/ano
1,6 milhão m2
área industrial coberta de 130 mil metros quadrados
Navios até 500 tpb

Dique seco de 400 metros de extensão, 73 metros de largura e 12 metros de profundidade. O dique é servido por dois pórticos Goliaths de 1.500 toneladas/cada


Dique Seco com água 



  • João Candido foi entregue com atraso de quase 2 anos e ainda com a necessidade de muito retrabalho de solda.
  • Os próximos 10 Suezmax devem ser entregues a partir de 2016.
  • Integração da P-62 foi entregue dentro do prazo com ressalvas.
  • 7 sondas – contrato estimado em 6 bilhões de dólares que foi rompido pelo EAS.

Estaleiro Brasfels

O Brasfels é o estaleiro do “Grupo Keppel Fels” situado em Angra dos Reis, é adequado para reparos offshore e construções de grande porte. Ele tem capacidade de processar 50 mil ton de aço por ano e de construir navios de até 300 mil TPB.


Estaleiros Brasfels

Estaleiro focado no segmento offshore. Realizou a integração das plataformas semisubmersiveis (P-51, P-52 e P-56), dos FPSOs (P-57, Cidade de São Paulo, Cidade de Paraty) e a construção do casco e posterior integração da TWLP P-61.

Em agosto de 2014 entregou o FPSO Cidade de Mangaratiba dentro do prazo incluindo os testes de comissionamento. O casco foi convertido na China (Cosco Dalian) e chegou no Brasil em julho de 2013.
Os módulos foram construídos no Brasfels e outros 4 canteiros no Brasil.

  • A integração do FPSO Cidade de Itaguaí. Começou em janeiro de 2015.
  • Brasfels recebeu o casco da primeira sonda (Urca), construído em Singapora.

Estaleiro Honório Bicalho



  • Rio Grande (2006)
  • Grupo QGI Brasil
  • Área de 320 mil m2
  • Capacidade 8.400 ton/ano
Estaleiro Honório Bicalho - Rio Grande
Comprimento do cais superior a 700 metros capacidade para integrar até dois FPSOs, simultaneamente, como ocorreu com a P-63 e P-58.


Estaleiro QGI

O estaleiro QGI é uma Joint Venture: Consórcio (Parcerias empresariais contratuais) associação de sociedades, sem caráter definitivo, para a realização de determinado empreendimento comercial, dividindo as suas obrigações, lucros e responsabilidades; consórcio.

Estaleiro QGI

Estaleiro Brasa



  • 2011
  • Único dedicado

     Em setembro de 2014 Cidade de Ilhabela foi integrado e entregue à SBM após 8 meses atracado no Brasa. Dez módulos foram construídos no estaleiro.
Estaleiro Brasa
   Após esse primeiro projeto espera-se um melhor desempenho do estaleiro para os próximos projetos.


•maior FPSO da SBM
•22 mil ton de módulos
•Contratado em março de 2012 e em operação em 2014
•2140 m de profundidade
•150 mil bpd
Estaleiro Brasa
  • Os cascos dos FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema chegam em 2015.
  • O Brasa trabalha na construção de 12 módulos.
  • 80% e 60% concluído (fevereiro/2015).
  • A previsão é que os FPSOs sejam entregues cinco meses após o início das obras de integração, que se iniciarão assim que os cascos chegarem ao Brasa.
Estaleiro Enseada do Paraguaçu - EEP (Estaleiro Inhaúma)

Área total: 1.600 m², Dique nº 1: 160 m de comprimento; 25 m de largura; calado com maré zero de 4 m, capacidade para navios de até 25.000 TPB Dique nº 2: 350 m de comprimento; 65 m de largura; calado máximo de 6,20 m; capacidade para navios de até 400.000 TPB; 36 mil ton/ano.




Estaleiro Inhaúma
Venceu a licitação para a conversão de quatro navios petroleiros nos cascos das futuras plataformas P-74, P-75, P-76 e P-77 que serão destinadas às áreas da Cessão Onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos. Atualmente encontram-se a P-74 no dique (maio) e P-76 no cais.
No local, serão concluídos os trabalhos de construção e montagem, tais como fabricação e montagem de tubulação no convés e praça de máquinas, fabricação e montagem do heliponto e principais equipamentos do convés, montagem e integração do módulo de serviço e comissionamento
Serão feitos no estaleiro Cosco na China grande parcela da conversão de dois navios em plataformas (P-75 e P-77).


Estaleiro Jurong


  • Área total - 825,000 m²
  • Cais (2 VLCC + 1 SS) - 740m
  • Capacidade de processamento de Aço - 4 mil toneladas / mês
  • Estaleiro ainda em construção

Estaleiro Jurong
GUINDASTES FLUTUANTE GIGANTE


 Encontra-se no Espírito Santo o guindaste flutuante gigante pertencente ao Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), o maior das Américas. O guindaste será utilizado para construção de navios-sonda para o pré-sal do Brasil e integração de módulos de plataformas do tipo FPSO. 


O Estaleiro Jurong Aracruz, que se encontra em fase de construção, possui contrato com Sete Brasil para construção de sete navios-sonda para serem afretados pela Petrobras e operados pelas empresas norueguesas Seadrill e Odjefell.



O guindaste, que tem tripulação própria e terá com bandeira brasileira, fica no Espírito Santo o tempo suficiente para realizar desembaraço alfandegário. Após a realização da operação, retorna ao Rio de Janeiro onde permanece até o final de agosto.



O guindaste foi construído no Japão e tem capacidade para içamento de 3.600 toneladas, com 140 metros de altura, 110 metros de comprimento e 46 metros de largura. São quatro ganchos de 900 toneladas cada. Além do atendimento das demandas do EJA, o guindaste prestará serviço para outras empresas.



O guindaste chegou ao Brasil por uma embarcação de bandeira chinesa do tipo semissubmersível. Devido ao porte do navio e ao tipo de operação, a descarga da embarcação foi realizado na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.


  • Carteira: módulos e integração (P-68 e P-71) e sete sondas
  • O Arpoador é o primeiro de sete navios-sonda encomendados ao EJA pela Sete Brasil. O casco construído na Singapura chegou ao Brasil em fevereiro de 2015. Os trabalhos de construção da torre de perfuração e acomodações da tripulação vem sendo realizado desde o ano passado.
Estaleiro Rio Grande ERG




Facilidades Industriais:

Área total: 500 mil/m², Área construída: 440 mil/m², Área verde: 110 mil/m² Dique seco: boca 133 m x comprimento 350 m x profundidade 13,8 m Porta-batel: 20.300 m³, esvazia o dique em 22 horas Cais sul: 350 m x 12 m, Cais norte: 150 m x 12 m Guindaste: 130 m x 90 m x 600 ton Processamento de aço: 1.500 ton /mês


Estaleiro ERG

Área = 1.081.513,77 m²
ERG 1: 558.814,66 m²
ERG 2: 274.349,91 m²
ERG 3: 248.349,20 m²

Estaleiro ERG
Após 4 anos o ERG 2 ainda não está completamente construído e o ERG 3 está apenas no início.


Dick Seco com Água no Estaleiro ERG

Carteira
–Casco de 8 FPSOs (replicantes) de construção nova (3,5 bilhões de dólares)
–3 navios sonda

* O casco da P-66 foi transferido para o cais sul em abril de 2014 para que os mega-blocos da P-67 fossem transferidos para o dique. Metade da P-67 foi construída no estaleiro Cosco na China. Em dezembro de 2014 a P-66 foi transportada para o Estaleiro Brasfels em Angra com mais de um ano de atraso.

* Sondas: O primeiro navio sonda está sendo construído na China.




Estaleiros do Brasil (EBR)



150 hectares de terreno total;
110 mil toneladas de aço processadas por ano;
780 metros lineares de cais com calado de 12 metros de profundidade;
100 metros lineares de cais auxiliar com 05 metros de profundidade;
190 mil metros quadrados de retroárea para construção de módulos e topsides;
5 mil toneladas de capacidade de levantamento de carga.
Carteira: P-74 módulos e integração

Estaleiro EBR
Techint Unidade Offshore

200.000m2
cais de 300m


Estaleiro Mauá


Fundado em 11 de agosto de 1846. O Estaleiro Mauá é, hoje, um dos maiores estaleiros do Brasil, e a mais tradicional empresa da área naval ainda em operação.













Estaleiro Mauá


Estaleiro Aliança



Estaleiro Vard Promar (Niteroi e Recife)




Bem, são esses estaleiros que dão suporta a toda movimentação, construção, docagem, logística e etc. ao nosso Brasil, atendendo demandas nacional e internacional.

Deem uma olhada no ESTALEIRO SANSUNG - CORÉIA DO SUL e faça uma comparação dos dados com os dados dos nossos estaleiros e surpreenda com o resultado !

Paz e Bem a todos !



Um comentário:

  1. Os estaleiros do Brasil são todos desunidos e com pessimas administrações. São pólos industriais com capacidade para projetar e construir até mesmo navios em robôs mechas , máquinas gigantescas que poderão transpor qualquer obstáculo tanto no mar como na terra

    ResponderExcluir